5.05.2006

VII

VII. Dificilmente respiro hoje. Amanhã quem saberá se sou eu quem fala aqui das coisas minhas sobre ti. Amei-te como um corpo que se ama provisoriamente. E os corpos que assim se amam são etéreos. Já estou esquecido do que sou. Não sinto aquilo que deveria sentir. Sou a mágoa imensa de te deixar porque tu não queres, e porque tu moras longe de onde eu chego com o meu andar. Serei sempre um pequeno ninho sem ovos.